quarta-feira, 29 de agosto de 2007


Riscava o papel de formava contornada e delicada, sentindo o peso do grafite sobre a tez branca e cheia de linhas. Lembrou das próprias linhas da vida, tão tortas e mal escritas que formavam um livro tão doído e tão doido. Sem o menor espírito Aquarela - perdoa, toquinho - deixava cair não um só pingo, mas numerosos e imensos e coloridos. E deixou-os cair sobre o seu corpo, e foi se pintando e foi-se embora numa viagem planetária pro imenso azul interno. Varreu algumas nuvens. Se sentiu mais leve, mas também...mais vazia.

As nuvens preenchem espaço. Apenas fisicamente.

É hora de deixar chover...!

4 comentários:

Anônimo disse...

gosto muito do que tu escreve, leticia....
muito mesmo.

abraço forte e um beijo, linda.

Unknown disse...

Sem duvida, suas palavras se desnrolam numa suavidade, que pode as vezes parecer confuso no começo da leitura, mas se faz entender com um final, com um toque de Letícia, doce e transparente!!!

Bjo

walter stodieck disse...

Muito bom os seus textos, Lê...

Não sei por que, mas eles me lembram "Alice no país das maravilhas", hehehehehehe

beijos!

Unknown disse...

Será que esses textos não possuem mensagens criptografadas (desculpe o termo, mas não poderia ser outro :) ) que, quando decifradas, revelam os seus anseios, encantos e desejos? ;)

Por favor não pare de escrever!
Quem sabe um dia eu descubro! ;)

Beijão querida!