Riscava o papel de formava contornada e delicada, sentindo o peso do grafite sobre a tez branca e cheia de linhas. Lembrou das próprias linhas da vida, tão tortas e mal escritas que formavam um livro tão doído e tão doido. Sem o menor espírito Aquarela - perdoa, toquinho - deixava cair não um só pingo, mas numerosos e imensos e coloridos. E deixou-os cair sobre o seu corpo, e foi se pintando e foi-se embora numa viagem planetária pro imenso azul interno. Varreu algumas nuvens. Se sentiu mais leve, mas também...mais vazia.
As nuvens preenchem espaço. Apenas fisicamente.
É hora de deixar chover...!